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RS registra aumento de casos de coronavírus, mas número de mortes segue em estabilidade

Média de infecções é 64% maior do que duas semanas atrás, mas aumento não se reflete na mesma proporção em óbitos


  • RS registra 31 novas mortes nas últimas 24 horas

  • Estado também contabiliza 1.796 casos confirmados nas últimas 24 horas

  • Estatísticas foram compiladas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS)


O Rio Grande do Sul registrou 31 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, segundo informações deste sábado (30) da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS). O número de vítimas da pandemia chega a 35.487, próximo à população de Garibaldi, na Serra.

Em meio às discussões para liberar o uso de máscaras ao ar livre, as estatísticas mostram que o número de contaminações diárias, após cair ao menor patamar em setembro, está crescendo paulatinamente - mas a média de mortes permanece estável.

Neste sábado, o Rio Grande do Sul registrou 1.796 novos casos informados nas últimas 24 horas, o que eleva a média móvel para 1.512 casos diários - número 64% maior do que duas semanas atrás e o maior valor desde a metade de agosto.


Todavia, o aumento no número de infecções não é proporcional ao aumento na média de mortes, que neste sábado permanece em patamar estável: 31 vítimas diárias, 15% acima do registrado duas semanas atrás, dentro da margem considerada como estabilidade.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirma, em boletim da última sexta-feira (29), que a transmissão da covid-19 segue estável no Brasil. Contudo, os pesquisadores alertam que ainda não se pode falar em bloqueio completo da circulação do vírus e, portanto, da transmissão da doença.

Os cientistas ainda defendem medidas que garantam melhor qualidade do ar nos ambientes fechados e orientam que empregadores e funcionários avancem em campanhas, estimulando a exigência do passaporte de vacinas nos diversos ambientes de trabalho, como bares, restaurantes, escolas, lojas e serviços.

É consenso entre especialistas que o avanço da cobertura vacinal no Rio Grande do Sul é a principal explicação para que a epidemia em solo gaúcho não tenha piorado, uma vez que as restrições à circulação são mínimas.

Dados do governo estadual apontam que, até este sábado, 78,6% de toda a população do Rio Grande do Sul recebeu a primeira dose e 61,2%, completou o esquema vacinal. A meta do Ministério da Saúde para finalmente controlar a covid-19 é vacinar 85% de todos os habitantes com duas doses.

Em meio ao avanço da cobertura, cresce o debate para que o Estado desobrigue o uso de máscaras ao ar livre. Médicos e especialistas em saúde afirmam que é muito cedo para mudar a regra - e citam que outros países, como Reino Unido, viram uma nova onda após flexibilizarem o uso do acessório a despeito de terem cobertura vacinal ainda maior do que o Rio Grande do Sul.


Em entrevista a GZH, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, afirma que o governador Eduardo Leite (PSDB) tem interesse em alterar a regra que obriga o uso de máscara ao ar livre, mas que uma lei federal sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) impede a mudança.

— A lei federal é taxativa, impõe o uso e foi validada pelo Supremo Tribunal Federal. Não há, em princípio, espaço de alteração ou liberação do uso de máscara. Desconheço o fundamento jurídico usado por Rio de Janeiro e Distrito Federal, mas não vemos viabilidade de contrariar a lei federal, salvo se cometermos ilegalidade. Como se trata de lei de caráter nacional, um gestor público que a descumpra pode ter implicações jurídicas graves. Por essa razão, não orientaríamos postura nesse sentido — afirma o procurador-geral do Estado.


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