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Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho é de estudantes do Campus Osório

Victórya Leal e Laura Drebes, estudantes dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do Campus Osório, receberam na noite de terça-feira, 19 de outubro de 2021, o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho. Elas foram agraciadas em cerimônia ao vivo, transmitida pelo Facebook da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Sict) que condecorou estudantes gaúchos que se destacaram em olimpíadas do conhecimento e competições científicas.

Em sua 3ª edição, o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho é promovido através do programa Educar para Inovar, em parceria com a Secretaria de Educação do RS e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

O governador do Estado, Eduardo Leite, abriu o evento destacando em seu discurso a importância do Prêmio como forma de celebrar e incentivar a ciência e a tecnologia que é produzida aqui. “Apostamos muito nos nossos jovens e queremos criar um ambiente favorável à permanência dos nossos talentos aqui no Rio Grande do Sul”. Participaram da solenidade o secretário da Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Luís Lamb, a secretária de Educação do RS, Raquel Teixeira, e o diretor-presidente da Fapergs, Odir Dellagostin.

Victórya Leal foi reconhecida pelos diversos destaques obtidos com a pesquisa ‘Projeto Fidere: Desenvolvimento de um App de economia circular voltado à brechós e associações do litoral norte gaúcho’, entre os quais a conquista do quarto lugar na categoria Comportamento e Ciências Sociais da Regeneron International Science and Engineering Fair (Regeneron ISEF), maior feira de ciências pré-universitária do mundo. O evento, tradicionalmente realizado nos Estados Unidos, ocorreu em maio de forma virtual, reunindo mais de 1,8 mil jovens pesquisadores, de 65 países, regiões e territórios, com 1.480 projetos.


Em sua fala a jovem destacou os mais de 20 reconhecimentos já recebidos em feiras regionais, nacionais e internacionais, a importância da ciência na sua vida e os elementos que a mantém nesta trajetória: o amor, a dedicação, a curiosidade e a orientação incansável da professora Flávia Twardowski. “Descobri na educação e na ciência a minha maior paixão e uma ferramenta potente para que eu fosse protagonista das mudanças sociais, econômicas e ambientais que eu gostaria ver na minha comunidade e, consequentemente, no mundo”.

Laura Drebes foi premiada pelas conquistas obtidas com o projeto ‘BioStretch: síntese de polímero a partir de resíduos agroindustriais’, em especial pelo primeiro lugar na categoria Consciência Circular do 1º Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico (PIEC), em junho de 2021. Idealizado pelo engenheiro ambiental, cientista e empreendedor Gabriel Estevam Domingos, o PIEC tem caráter ambiental e regulamento rígido que privilegia iniciativas verdes e veta, por exemplo, inventos e descobertas que demandem queima de combustíveis fósseis.

A estudante contou que, incomodada com a questão do lixo à beira-mar, logo após a “tão sonhada aprovação no IFRS”, buscou a professora Flávia para expor sua vontade de fazer um projeto de pesquisa que desenvolvesse uma alternativa sustentável aos plásticos sintéticos convencionais utilizando fontes renováveis. Mas o maior desafio para ela foi fazer pesquisa em meio à pandemia: “Nunca pensei que precisaria passar álcool para me proteger e proteger o próximo e não somente para não infectar meu experimento. (…) Foi um momento de me reinventar e encontrar uma maneira diferente de fazer acontecer minha pesquisa. Nesse contexto, tudo se tornou ainda mais especial e precioso: a pesquisa me levou a lugares que nunca imaginei alcançar, conheci pessoas extraordinárias, recebi reconhecimentos incríveis e, principalmente, aprendi valores que são essenciais para minha vivência”.


A orientadora das pesquisas, professora Flávia Twardowski se disse emocionada não apenas com as conquistas, mas pelo protagonismo feminino jovem realizado durante o período mais difícil de sua vida, a pandemia, onde até a orientação científica precisou se readequar.

Também foram premiados no evento os vencedores das escolas municipais da Olimpíadas Brasileira de Matemática das escolas públicas, e os estudantes gaúchos destaques na Olimpíada Nacional de Ambientes Marinhos e Polares (PolarOn) e na Olimpíada Nacional de Aplicativos (Onda).



“Ser agraciada com reconhecimentos sempre é muito especial! Porém, receber destaque durante esse contexto pandêmico que estamos vivendo, se torna ainda mais emocionante. Ganhar o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho é uma honra, ainda mais junto com uma colega de campus, já que iniciamos juntas nossa trajetória no mundo da ciência. Me emociona ver o que construímos e o que conquistamos até aqui, com um esforço incansável da nossa orientadora. É um orgulho representar as meninas na ciência e o nosso amado Campus Osório ao lado delas. Alegria define esse momento!”



“Receber o Prêmio Jovem Talento Científico Gaúcho é mais um dos sonhos que a ciência e educação pública e de qualidade do IFRS me proporcionou. Ser uma das ganhadoras, especialmente nesse duro momento de cortes na ciência, é muito especial, pois mostra o poder e relevância do protagonismo jovem na educação e na ciência. Minha iniciação científica começou no primeiro ano do ensino médio e hoje, três anos depois, colher os frutos só prova que a ciência transforma e liberta, muda vidas. Ter duas estudantes do Campus Osório agraciadas é muito importante para servir de exemplo e inspirAÇÃO para outros jovens gaúchos. Tudo é possível com amor, dedicação, trabalho coletivo e uma ótima orientação”.


Conheça os projetos:


O ‘BioStretch: síntese de polímero a partir de resíduos agroindustriais’ desenvolveu um filme plástico biodegradável, flexível e com fina espessura a partir de resíduos da indústria, do processamento de milho e da beterraba. O protótipo foi aplicado no setor agrícola, para proteção das lavouras.

O projeto apresenta relevância ambiental, social e científica por cumprir um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, proporcionando uma alternativa para a substituição dos plásticos sintéticos convencionais a partir de recursos renováveis que levam menos tempo para se degradar e não causam malefícios ao ambiente.

O ‘Fidere: Desenvolvimento de um App de Economia Circular voltado aos brechós e associações do Litoral Norte gaúcho’ buscou uma solução para alavancar a economia circular de brechós e associações da região do litoral norte gaúcho.

Realizou o mapeamento de 35 brechós e quatorze associações femininas nas cidades de Capão da Canoa, Osório e Tramandaí. O primeiro resultado foi a criação de um aplicativo de celular (app) inovador no mercado internacional tecnológico, com o modelo de testes disponível no Google Play, e que funcionará como uma loja virtual.

Ambas pesquisas são orientadas pela professora Flávia Twardowski e coorientadas pelo docente Cláudius Soares.




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