Dívida milionária e possível fechamento de serviços no hospital de Osório leva manifestante as ruas
O hospital de Osório deve deixar de atender pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do dia 7 de novembro.
A decisão foi divulgada através de um documento (ver abaixo), assinado pelo diretor-presidente da instituição, Marco Aurélio Pereira, e encaminhado aos prefeitos da região na qual a unidade é referência no atendimento.
Na nota, Pereira deixa claro que a Casa de Saúde chegou ao limite da capacidade financeira. “Pela total incapacidade financeira, desequilíbrio, que impossibilita manter estes serviços.
O nosso contrato firmado com o SUS, cobre mais ou menos 60% dos gastos com estes setores, ou seja, o hospital assume um déficit de 40%.
Ao mesmo tempo, nós não temos nenhum município da nossa região, que somos referência, nos dando apoio financeiro”, relatou o diretor-presidente.
A medida tomada pela direção da unidade vai atingir os setores nos quais foram diagnosticados custos mais elevados de manutenção, entre eles os atendimentos de urgência e emergência, com média mensal de 1.578 pacientes, com um déficit de R$ 215 mil por mês; o Centro Obstétrico, que realiza, em média, 81 partos por mês e registra um déficit de R$ 168 mil a cada 30 dias; além das cirurgias de urgência e emergência, em uma média de 30 por mês.
Antes dessa decisão, os setores de urgência e emergência em ortopedia e traumatologia, que atendiam no sistema de portas abertas, já haviam tido os procedimentos suspensos desde 1° de setembro.
As principais causas da suspensão, de acordo com o diretor, são um rombo operacional mensal de R$ 1,3 milhão e os consequentes repasses insuficientes do poder público.
A divida histórica é de 59 milhões (INSS, FGTS, CSLL, energia, água, imposto de renda).
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