Polícia de Imbé deve receber o aparelho na próxima terça-feira (26)
O delegado expediu intimação para ouvir a mulher que gravou o áudio, mas, por enquanto, ela ainda não foi localizada. A princípio, o depoimento da funcionária está previsto para sexta-feira (29). A Polícia Civil segue tentando a localização da acusada, que precisa ser intimada presencialmente.
Empregada há 13 anos na rede de farmácias, a mulher era coordenadora e enviou o áudio a um grupo de gerentes de lojas do Litoral Norte. Na sexta-feira (22), foi demitida por justa causa pela empresa, após a realização de uma sindicância interna, segundo o advogado da São João, Ricardo Breier.
— Depois de todo o procedimento de analisar o áudio e verificar se não havia mais pessoas envolvidas, visto que há muitas fake news nas redes, a sindicância foi concluída na quinta-feira (21) e a funcionária foi demitida na sexta. Agora, não temos mais nenhum vínculo com ela — relatou Breier, ressaltando que a demissão se deu em virtude de a funcionária cometer um ato que "vai contra toda a política da empresa".
Segundo o delegado responsável pelo caso, o áudio contém crimes como o de homofobia. A polícia pretende questionar a mulher sobre se aquelas são orientações da própria empresa, o que a rede de farmácias nega. No áudio, que viralizou nas redes sociais, uma mulher diz que "feio e bonito é o mesmo preço" e orienta que se evite contratações de pessoas muito tatuadas, com muitos piercings, muito gordas e de "viados" que "virem a mão".
Outro inquérito em andamento foi aberto pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS). A procuradora Patrícia de Mello Sanfelici Freischmann, responsável pelo caso, quer descobrir se os critérios discriminatórios para contratações existem de fato. O órgão solicitou informações à empresa, que tem dez dias para responder.
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